quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olhos Vendados



Temos uma rotina vertiginosa, que nos impossibilita viver fora do aquário muitas vezes.

Mas acredito que devemos em primeiro lugar ter a consciência desperta, não importando se estamos no ambiente frenético de trabalho, em uma festa ou coquetel, ou com nossos familiares.

Para não nos aprisionarmos na superficialidade da maioria, e seus valores distorcidos e fugazes. A felicidade é ser e não ter. E especialmente em nossa sociedade no trato com as pessoas esse conceito confunde as pessoas.

Se estamos lhe dando com um chefe, um cliente importante, um político influente, um milionário. Ou se estamos lhe dando com um garçom, uma faxineira, um motorista, um jardineiro. O trato deve ser igual. A cordialidade, atenção, os valores que trazemos e a nossa sinceridade tem que estar presentes, e sermos vigilantes para não cairmos apenas nos discursos bonitos, de democracia, igualdade e respeito. Acima de tudo temos que ser livres de convenções falsas e hipócritas. Por minha própria sorte tive oportunidades de vivenciar muito esses relacionamentos e tratamentos, posições sociais, e aprendi cedo ter equanimidade com as pessoas. E se tenho um conhecimento concreto que posso compartilhar é esse: Devemos nos relacionar e considerar pessoas e não coisas.

Não caia no erro de julgar pessoas pelo que trazem no bolso. Como disse o grande filosofo Schopenahuer; A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.


Comparti-lho a observação de dois pensadores e filósofos do passado, que enxergavam alem da superfície, como poucos que passaram por esse mundo:


A principal verdade da arte de ser feliz continua sendo a de que tudo depende muito menos daquilo que se tem ou representa do que daquilo que se é. A personalidade é a felicidade suprema. Em todas as ocasiões possíveis usufrui-se na verdade apenas de si mesmo: se o próprio eu não vale muito, então todos os prazeres são como vinhos excelentes em boca azedada com fel.

ARTHUR SCHOPENHAUER


"O que precisamos saber é quanto vale a espada e não a bainha, porquanto talvez não demos grande coisa por ela. É necessário julgar o homem em si e não pelos seus adornos. Como disse um filosofo do passado;"Sabeis porque o achais grande? Porque o medis com o pedestal". O pedestal de uma estátua não é parte integrante dela. Devemos medir-lo sem pernas de pau, nem riquezas e dignidades: em mangas de camisas. São quadros para olhos remelentos, estufas para paralíticos.
Por isso diz Platão que a saúde, beleza, força, as riquezas e tudo o que consideramos felicidades são males para quem tem juízo errado. A menor picada basta para tirar todo o prazer que poderia ter em governar o mundo. A primeira pontada de gota, seja senhor ou majestade, "coberto de ouro ou prata", perde ele a lembranças dos palácios e grandezas. E por ser príncipe deixara de corar, empalidecer, de ranger os dentes quando tomado de cólera?"
Um homem de reais virtudes esta a quinhentas milhas de reinos e ducado, é ele próprio seu império.

MICHEL DE MONTAIGNE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar este blog

Seguidores

Powered By Blogger

Quem sou eu

Minha foto
I´m someone who believe and accept that, life is change and changes comes from inside out. Who ignored it is still in dreams away from reality. Waiting for frustration to blame the world.