segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada


Sinto Clarisse dizer, que, não devemos nos apegar a realidade dos outros, nos moldar a sociedade, não experimentar apenas o experimentável, provar do que esta a mesa. Devemos antes de tudo ter a consciência de que podemos ir alem, transcender uma realidade postada, acabada, limitada.

Vivenciar o ilimitado, é questionar os cânones da vida cotidiana,  é romper com a verdade aprumada que esta ai, é desafiar o destino de cabeça erguida. E escolher e criar a verdade que faz sentido para você, mesmo que não tenha
 para os outros.


Devemos mergulhar com coragem para o aparente irracional de criar a própria verdade. Trilhar caminhos novos desafiadores, e nessa dicotomia da vida, escolher o arriscado. Inventar uma verdade é desafiar a historia, os interesses, o conservadorismo, o moralismo. E somente uma verdade inventada por você, pode de fato ser verdade, sem jamais  adulterar sua essência.

Iventar a própria verdade é  a travessia que devemos fazer para não nos deixar a margem de nos mesmos.

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nos.” Clarisse Lispector

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O tipo desce na estação de metro de NY vestindo jeans, t-shirt e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora rush matinal.



Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos traseuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento
raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a 'bagatela' de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

Conclusão: Compramos a forma e o marketing da apresentação e não o conteúdo. Só estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão no contexto convencionado. Como muito especialistas de marketing sabe, que, se pode vender possivelmente ate merda dentro de uma caixinha, desde que essa caixinha seja bem elaborada e atrativa. Vale citar Schopenhauer: "O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas nao pode querer o que quer."


 Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de glamour.

Somente uma mulher reconheceu a música...


Only a world of love can last a life time


There are things that are not to perceive. This is one. I have something to say and do not know how I can say it. Much of what follows may be, therefore, incomprehensible. It's my fault. What is incomprehensible is not even to notice. Not for lack of clarity. I will be very clear. I understand very little of what I have to say. But I have to say it. 

What I do is praise of pure love. It seems to me that nobody is loveness truth. Nobody wants to live an impossible love. Nobody accepts love without a reason. Today people fall in love as a matter of practice. Because it gives way. Why are colleagues and are there on the doorstep. Why do well and not get bored too. Because it makes sense. Because it is cheaper, because the house. Because the bed. Because of underwear and pants and laundry bills. 

Nowadays people do pre-nuptial agreements, discuss everything beforehand, make plans and come to the slightest little shit soon "dialogue." Love is now able to be combined. The lovers become partners.Meet themselves, discuss problems, make decisions. Love became a variant psycho-socio-bio-eco-business. The passion that was to be unreasonable, it is as far as possible. Love has become a practical issue. The result is that people, instead of falling in love for real, are "virtually" in love. 

I want to sing the praises of pure love, blind love, stupid, love sick, the only true love there, I'm sick of talking, tired of understandings, sick of convenience of service. 
I never saw boyfriends so brutalized, so cowardly and so indulgent as they are today. Incapable of a sweeping gesture, taking a risk, a dash of daring, gang of "okay, okay", makers of pipes, made of commitment, goofy , killers of romance, romanticism. Nobody falls in love? Nobody accepts the pure passion, the endless longing, sadness, imbalance, fear, cost, love, disease that is like a cancer eating our hearts and we sing in the chest at the same time? 

Love is one thing, life is another. Love is not to be a little help. Not for relief, rest, break, pat on the back, the pause that refreshes, the emergency department of the tortuous road of life, our "gives there a knack sentimental." I hate this modern mania for soups and rest. I hate the new happy wedded. Wherever one looks, one sees no longer novel, screaming, crazy, stab, hugs, flowers. Love closed the shop. Was pierced to the staff of slippers and serenity. Love is love.It is this beauty. It is this danger. Our love is not for us to understand, not to help us, not to make us happy. Both can and can not. Whatever. It is a matter of chance. 

Our love is to love us, to suddenly take us to heaven, in time to catch a bit of hell opened. Love is one thing, life is another. Life sometimes kills love.  A "little life" is a living killer. Pure love is not a means, not an end, not a principle, not a destination. Pure love is a condition. Has much to do with the life of each one like the weather. Love does not realize. Not to realize. Love is a state of one who feels. Love is our soul. It is our soul to untie. The untie the chase than not know, do not pick up, not large, does not understand. 

Love is true. That is why the illusion is necessary. The illusion is pretty, it does not matter.Who lie and invent and dream what you want. Love is one thing, life is another. Reality can kill, love is more beautiful than life. Life fuck. In a moment, a look, picks up his heart forever. If someone loves you. By far, however difficult, however desperately. The heart is what keeps us out of hand. And during the day and throughout life, when there is not one you love, that she is not with us - is our love, the love that you have. Not to realize. A sign of pure love does not understand, love and do not have, and do not want to keep hope, hurt without being hurt, live alone, sad, but most of those who live together happily. You can not give up. One can not resist. Life is one thing, love is another. Life lasts a lifetime, love does. 
Only a world of love can last a lifetime. And worth it too. 

Miguel Esteves Cardoso

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Similaridades entre O Drogado e O Corrupto

O adicto de drogas  e o corrupto sofrem do mesmo mal. Acreditam que aquele meio que usam, a droga ou a corrupção é uma ponte maquiavelicamente legitima de chegarem aos seus fins, ou seja, grande fonte de prazer e conquista de poder e dinheiro. O drogado por sua vez erra quando olvida, que, com esse prazer proporcionado pela droga, ele perde o mais importante na vida, o poder da decisão sobre ela. Já o corrupto ignora que ele se distancia do que mais busca, a felicidade, na medida que a felicidade não corresponde pelo que temos no bolso, mas pelo que temos na cabeça.

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