sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O tipo desce na estação de metro de NY vestindo jeans, t-shirt e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora rush matinal.



Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos traseuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento
raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a 'bagatela' de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

Conclusão: Compramos a forma e o marketing da apresentação e não o conteúdo. Só estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão no contexto convencionado. Como muito especialistas de marketing sabe, que, se pode vender possivelmente ate merda dentro de uma caixinha, desde que essa caixinha seja bem elaborada e atrativa. Vale citar Schopenhauer: "O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas nao pode querer o que quer."


 Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de glamour.

Somente uma mulher reconheceu a música...


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