terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Mundo dos Absurdos


Nesse rincão dos absurdos, nesse paradigma da vida... Amanhássemos mais um dia entre a beleza do sol e a fatídica noticia de um assassinato, de uma nova chacina, de uma explosão de granada em plena cidade.

Entre essas praias paradisíacas do nordeste, onde o sol nasce primeiro em Noronha... Entre a radiante beleza da cidade do Rio de Janeiro, a cena bestial flagrada por câmeras ocultas de políticos influentes e demandados por milhões de pessoas, guardando calhamaços de dinheiros dentro das cuecas. E o absinto da realidade entre o piar do pássaro e do demente flagrado defecando em praça publica.

Nada mais inspirador como um novo dia luminoso, nada como uma chuva harmonizada em ritmos cadenciados, numa sinfonia perfeita com uma tarde de sono, concedida a todos pela natureza, para nos empolgarmos e suspirarmos com a vida.
A deflagração do absurdo vem em seguida, anunciada que a vida não é harmônica, mas sim caótica. Se a vida requer pluralidade objetiva, a felicidade se torna intangível.

O inferno são os outros e suas mesquinharias, como disse Sartre. Conhecer a si mesmo é observar o mundo refletindo todas as mazelas da alma humana, e buscar a transcendência nossa diante do ser, isso fundamenta uma missão. Nós então podemos tranquilamente beber o mais delicioso vinho, apreciar a mais saborosa refeição, numa ilha paradisíaca do mediterrâneo, do mais azul dos mares.

O absurdo consiste na incompatibilidade entre um anseio humano de explicação para o mundo e o mistério essencial desse mundo inexplicável, entre a consciência da morte e o desejo de eternidade, entre o sonho da felicidade e a existência do sofrimento, entre o amor e a separação dos amantes. Entre políticos com missivas morais e éticas, e os crápulas da oratória e influencia com sua sede ilimitada de poder e dinheiro.
Onde milhões vivem em abismos de pobreza e outros poucos para multiplicar seus milhões, cavam mais abismos para outros.

Nossos políticos são reflexos de nossas melhores intenções, o que temos ai são os nossos melhores pensamentos, unidades fragmentadas, formando pluralidades governamentais. Sao eleitos com votos de toda essa nossa sociedade, sendo essa sociedade extensao de cada um de nós, para termos um Brasil melhor precisamos primeiro termos brasileiros melhores. Ate essa compreensão todas modificações deixarão cada ponto essencial inalterado. Como são absurdas as pessoas, acreditando que por meio de experiências com a legislação e por meio de reformas politicas acabarão com a desonestidade e canalhice da espécie humana.
Talvez governamos nossas vidas assim como nossos políticos governam nosso povo e país. São representações de nossa sociedade, assim existem uma suposta "democracia mental", como uma democracia política. Essa suposta "liberdade" individual como nossa suposta democracia, são nada mais que condicionamentos que não sabemos escapar. Devemos dar sentido verdadeiro a nossa existência, fugir dos condicionamentos, automaticamente daremos sentido e jeito no estado.

Se alguém se diz completamente feliz nesse mundo do absurdo, certamente é uma felicidade solitária. E, se diz feliz, certamente estaria mentindo, pois como disse Adorno, para ver felicidade teria que dela sair.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Jogo Desespero e Fascínio

No livro O Jogador, do genial Dostoievski, a quem Freud descreveu Irmãos Karamazov o maior romance já escrito, relata que ele próprio mergulhou por um período de sua vida, nos tentadores panos verdes, ou seja, no temível jogo. Ele foi um inveterado jogador de roleta.  Pois esse romance advêm dessa experiência pessoal. Sim só quem já passou pelos meandros da jogatina, sabe exatamente o que estou falando.

  Dostoievski vivenciou  nos cassinos alemães do sec.XIX, a vertigem de ser levado a ganhar em segundos milhoes, e o amargor terrível da perda, quando por um instante, um solavanco do destino, esse leva premeditadamente todas as  nossas fichas.

Seu livro O Jogador tem muito de autobiográfico, como a Casa dos Mortos, e de forma genial traz todos os meandros dessa insólita aventura dos cassinos. Sua vertiginante atração, que imediatamente recai sobre os mais sofisticados espíritos que seja.

O brilho da sua elegância despudorada e glamour do universo dos Cassinos e jogos, o desafio sobre a sorte num jogo contestante de coragem e perda, numa gangorra de emoções. A magnitude de suas glamourosas mulheres, dinheiro, dessa metáfora da vida, desbravada na retórica do ganhar ou perder.

Fica depois de um tempo, uma grande lição, pois quando somos atirados a emoções tão contraditórias e selamos nossos destinos a mercê do azar, mergulhamos a sofrimentos únicos, que por instantes nos alastra para todo o mal possível e narrável que podemos sentir na mais repleta frustração da perda, ao mesmo instante como por esperança o repente de uma possível futura vitoria, recompensadora dessa frustrante derrota do presente.
Poucas coisas no mundo pode causar tanto fascínio como o jogo, e tanto desespero na mesma proporção.
Pois por segundos é levado a uma gloriosa vitoria e na mesma velocidade e uma bancarrota homérica.

A experiência de estar metido nos labirintos do jogo é insólita, fascinante, degradante, podendo se tornar muito humilhante.
Quando perdemos controle  o objeto passa a controlar o individuo, são sintomas de um vicio descontrolado. E o que no geral leva os homens a vícios é a busca de uma alternativa para possíveis frustrações em seu mundo objetivo, o gosto pela conquista fácil e imediata, como uma fuga de uma realidade difícil de ser combatida. Não matando o sujeito, uma pessoa mais forte ressurge dessa experiência.




segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Encontrando paz num mundo caótico


Busco hoje, acima de tudo, estar acima de qualquer ameaça desse mundo que possa me causar o mínimo de dano, sem ser esfolando por maior que possa representar essa ameaça ou esse imbróglio humano. O caos se apresenta diariamente, a tragédia se precipita a cada instante. Uma noite mal dormida se infinda em cada horizonte.

Manter-me sereno apesar de todas as aparentes artimanhas do mundo, das pessoas. Viver em completa paz e proteção de qualquer sintoma de desatento temor. Pois temer algo em sua grande maioria é reações de uma mente menos atenta. Onde nos assumimos em uma completa ausência de sabedoria e conhecimento.

A arte que busco, e a arte da sublimação, da despreocupação, do desprendimento, da assunção real, dianta da vida. E isso se traduz em não se arranhar por nada nesse mundo. Viver em paz e completo desapego de qualquer convenção social.

O medo parte do interior mesmo diante de uma ameaça eminente e concreta, atemorizada pela nossa consciência. Pois a mecânica do mundo não se altera, ela sempre representa ameaça permanente.
"Ser um super homem eh estar livre não das restricoes da justiça e das amenidades sociais, mas do individualismo dos instintos." Spinoza

O mundo exterior toma dimensões irreais no mundo interior, e transcender essa barreira, eh meio caminho para a paz e sem paz não há felicidade.
Devemos buscar a conhecer a fundo a essência de todos os fenômenos sociais e humanos, e assim termos meios para desenvolver habilidade e mecanismo de lidar com todos de forma mais ética e pacifica possível, independente da reação imprevisível e intempestiva dos outros.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Auto fidelidade

** “Não me interessa se a história que tu me contas é verdadeira. Quero saber se é capaz de desapontar o outro para te manteres fiel a ti mesmo. Se és capaz de suportar uma acusação de traição e não trair tua própria alma, ou ser infiel e, mesmo assim, ser digno de confiança.”


Isso tem um significado monstruoso, como é difícil, árduo, ser plenamente fiel conosco... Imagina ser acusado de traição, injustiçado, sofrer calado... Contra todo o mundo, sem ao menos suspeitarem da sua verdade. Você ser visto como um ser ignominioso, abjeto, vil, e que por trás dessa acusação que te pese, você esta sendo completamente integro e fiel a si mesmo.


Não existe melhor forma de sermos um ser humano melhor, alguém útil para seu semelhante, solidário, complacente... Que sermos acima de tudo fiel a si mesmo. Fiel aos nossos princípios as nossas verdades mais profundas.

domingo, 1 de novembro de 2009

Os caes latem para os que nao conhecem

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Hoje venho te falar, falar assim de peito aberto. Falar da arte de ver a fundo, para isso precisamos se livrar de moralismo, catequismos, fundamentalismos, fanatismos todos os ismos.

Para isso vou deixar todos os meus cacarecos, minhas roupas velhas, meus conceitos, minhas velharias, postas todas de lado. Assim-simples tudo de lado. Leve e solto.

Ai vai olhar para você, sem conceitos, sem preconceitos, como meu semelhante, sem intenções, sem discriminações.

 Porque a pureza nos liberta do compromisso, ele é um código apenas de boa conduta - para prender dois seres a um honesto acordo de beneficio e proteção mútua apenas necessário e útil aos que não são fieis a si mesmo.

Ai sim vou te ver de verdade, ver com olhos novos, pois assim eu descubro alguém sem pretextos, sem desculpas- com os mesmos medos, mesmas inseguranças que eu.

Porque a verdadeira descoberta não consiste em olhar novas paisagens, mas as mesmas com novos olhos.

Como quando botamos nosso olhar em algo inédito, novo e fascinante. E descobrir que o que mais odiamos ou amamos, não tem nada a ver com o objeto, com o ser, que tudo são fantasmas de uma mente imatura.

Tudo tem a ver com a desprentensao, com a leveza, com a fidelidade exclusiva de sermos fieis a nos mesmos.

Afinal os cães latem contra os que não conhecem. Inteligências caninas cultivam a fidelidade sem refletir.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

10 Codigos de Conduta por Bertrand Russell



1-Não tenhas certeza absoluta de nada.

2-Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.

3-Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.

4-Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.

5-Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.

6-Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.

7-Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.

8-Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.

9-Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.

10-Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Casar ou não casar




Compreendi o que só mal adivinhava há tempos atrás, hoje tenho plena convicção sobre relacionamentos. Para todos os lados que olho encontro frustrações, casamentos desfeitos, namoros desgastados e relacionamentos fracassados.
Não importa, todo tipo de relacionamentos que o tempo não perdoa.

A vida é dura, vêem as adversidades, os dias não são iguais, nosso humor é inconstante, conviver uma arte. Mas cadê aquela promessa de felicidade plena conjecturada a dois? Aquele tão sonhado matrimonio. Onde fica o compromisso, a lealdade hoje tao anacrônica ? Ser coerente com suas escolhas, não atribuir a outrem os fracassos que surgem no horizonte.

Ok, não deu certo, existe o divorcio, tenta novamente. Afinal promessas eternas são poeiras ao vento, se perdem no tempo. Não prevíamos o futuro. Pobre geração de nossos avôs. Ate legalmente era impedidos de solucionar esse problema, isso não muito tempo atrás. Mas esqueceram de avisá-los, não deu certo;
-Separa!

Afinal não é sinal dos novos tempos, assim que resolvem os imediatistas. Sim tudo bem, mas e a famosa traição, será que existem casamentos sem traição? Sinceramente não sei, mas tenho certeza se não houve traição ainda, foi porque a tentação não foi suficiente.

Geralmente a traições mais escandalosas aparecem-nos mais ¨perfeitos¨ casamentos, talvez por serem perfeitos demais para serem verdade, claro quanto maior a confiança maior representa a traição.

Traição e tempo, um é uma questão do outro em casamento, assim como Byron disse que o casamento vem do amor como o vinagre do vinho.
Será que Nelson Rodrigues estava certo quando disse que, ¨só cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de prata. ¨

Hoje em dia esse habito de separar é indissociável para a solução dessa sociedade chamada casamento. Quero dizer que quando a sociedade (matrimonio) falha, ou seja, não é mais benéfica para nenhuma dos lados, ao menos para um.

Muitos criticam a igreja católica, por manterem seus dogmas inalterados pelos séculos adentro. Inclusive aos olhos de Deus só se casa uma vez. Admiro essa sagacidade, porque se existem coisas que aprecio na espécie é fidelidade de propósitos e lealdade.
Uma vez prometido ate a morte, nada mais ético de seguir a risca. E não pense que problemas conjugais, dificuldades com relacionamentos, sejam problemas modernos.

Chamfort, escritor francês, grande observador dos costumes humanos e que viveu no século XVIII, disse; O divórcio é tão natural que em muitas casas dorme todas as noites entre os cônjuges.

A equação não mente. Paixão tem validade, amar é árduo na dificuldade, ingratidão é uma patente que marca a raça humana, o desprezível cuspir no prato que come. Se a traição não é um numero ímpar entre casais, no pensamento se faz par. Temos por instinto sexual o maior motor da vida, a mecânica da vontade. As paixões que nos impulsiona a conquistar espaço na sociedade, ser alguém, amealhar bens materiais, se destacar de alguma forma. Na realidade por trás esta o instinto procriador apontado por Schopenhauer na filosofia da vontade e posteriormente teorizada por Freud na psicanálise, onde o amor é um mero instrumento e estratagema da natureza.

Mas não pretendo ir tão a fundo a minha prosa, tampouco analisar a epistemologia da coisa. O fato é que acima de tudo queremos ser felizes, mas confundimos buscar felicidade, com paixão, com instinto sexual. Porque será que quando a paixão vai embora, na maioria dos casos o relacionamento desmorona.
Ocorre que a felicidade esta escapando de nossas mãos, o casamento não cumpre sua missão.

Essa aritmética parece complicada, se não entendermos que nos move num relacionamento é o instinto determinado, e não estamos seguindo o caminho da felicidade, que não representa na forma de outra pessoa. Muito menos se confundimos paixão com amor, e se amamos o que essa pessoa representa ou possui, sem atender para o fato que só podemos amar o que uma pessoa é, seu caráter, sua personalidade. Casar sem amar é um investimento que não se paga, dos males, os menores.

Adolescentes crêem ter encontrado felicidade na primeira paixão, e muitos se tornam adultos mensurando a felicidade em relacionamentos. O mais interessante em brigas de casamentos de anos, que já tomam o seu casamento como algo irreversível, é aquela velha acusação;
-Se eu tivesse casado com fulano (a) teria sido mais feliz!

Por isso que Mark Twain ironizou dizendo que o amor é aquilo que depois do casamento se chama engano. Ledo engano! Atribuir ao outro suas frustrações é a primeira covardia do ser - humano. Assumir para si a responsabilidade de sua vida é o primeiro passo no caminho da liberdade.
¨A felicidade não é uma questão fácil; é muito difícil encontrá-la em nós mesmo, e impossível encontrá-la alhures. ¨Chamfort

O mais incrível, por mais absurdo que parece conheço casais que levaram 30, 40 anos ou mais para descobrirem que se enganaram. Claro oras, não vamos esquecer que os filhos e a estabilidade financeira trazem a sensação de que esta tudo bem nos primeiros anos. São inúmeras as muletas morais do casamento.

Não tenho soluções, não existe remédio para curar casamentos. Não existe formulas de amor eterno. Mas aconselho a todos que não considere o relacionamento como unica forma de ser feliz nesse universo,  aprecie verdadeiramente a única companhia capaz de proporcionar felicidade plena se tiver maturidade- nós próprios. E não venda sua honestidade nesse jogo de riscos, é um preço que não vale à pena.
De minha parte, não prometi e jurei a ninguém felicidades incondicionais eternas. Em frente a toda uma família, sociedade e religião, num altar e dito; ate a morte nos separe! ¨O amor, disse Chamford - tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contacto de duas epidermes. ¨

Encontro grande deleite com minha companhia, e o que menos gosto dessa companhia é a necessidade ocasionais de ter outras companhias. Confesso isso que atrapalha às vezes essa paz de espírito.

Vale mencionar Buda:
"Às vezes precisamos possuir algo, para percebermos que não precisamos dela"

A filosofia, a psicologia moderna, não tem formulas exatas para uma possível cura do casamento. Mas afinal o ser - humano não é uma ciência exata. Mas acredito nas novas gerações. Minha filha com apenas cinco anos, apresenta surpreendente sabedoria pela idade nesses assuntos, para grande espanto meu. Ela é uma autentica balzaquiana, com o ônus da economia de trinta anos de frustrações e casamento falido. Afinal faz parte de uma geração que cresce em famílias ¨modernas¨. Pais separados, convívio com namorados de pais, madrastas, padrastos, guarda compartilhada, hoje em dia cada vez mais comum.

Aguardo o crescimento dessa nova geração com boas expectativas em possíveis atitudes mais sabias, que possam talvez contribuir como amalgamas em nossas relações.

Como já foi dito, o amor nos homens é fundo, mas nas mulheres é tudo. Para muitas mulheres a possibilidade de passar toda a vida só, é algo que não fazem parte nem em suas cogitações mais esdrúxulas. Numa pesquisa de uma revista feminina no Brasil, o maior sonho de quase 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens, etc. Agora pasmem, 72% dos pedidos de divorcio no Brasil são feitos por mulheres.

Não pretendo convencer ninguém de que o caminho é a solidão, mas independente de estarmos casados, compartilharmos nossa vida com alguém, ou optar por uma vida mais individualizada, deve-se conhecer a verdade. Aristóteles disse que a felicidade do homem consiste no livre exercício de suas faculdades mais elevadas. Portanto se um relacionamento nos reprime, jamais seriamos felizes dentro dele.

Hepatia de Alexandria, foi uma grande matemática, física, astrônoma e filosofa neo-plantonica, tida como uma das mulheres mais geniais de todos os tempo, quando a perguntavam por que ela jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.
E verdadeiramente, o grande deleite da vida não esta nos relacionamentos humanos, esta muito mais alem, de que podemos conceber e entender. Quando amamos queremos ser felizes, mas o amor torna uma pessoa, em grande escala, dependente da atitude de uma outra. Quanto mais a felicidade humana depender de causas exteriores, mas inconstante será. Portanto a vontade de amar diminui nosso potencial para a liberdade e felicidade.
Não tenho duvida que a serenidade seja o estagio mais feliz da condição humana.
E a alegria a maior sinalização de felicidade. Devemos deixar todas as portas abertas para ela. Jamais devemos permitir que a alegria saía de nossas vidas. Independente de fatores externos a alegria é sempre bem vinda, e uma solução para qualquer tristeza.

Talvez a maior qualidade do brasileiro, e onde seu povo é admirado mundo afora é justamente em sua alegria. Exemplificando claramente que alegria independe de riquezas ou bens materiais. Acima de tudo não devemos levar a vida tão a serio, mas seriamente.

Afinal o bom humor, como disse Schopenhauer é uma qualidade divina do ser humano.
Como seria muito mais trágica a vida se não fosse tão engraçada, e não fizéssemos tantas troças a instituição casamento.
E entre casar e rir - fico com a alegria do riso.

sábado, 10 de outubro de 2009

Metáfora do Porco-Espinho




O relacionamento humano é tão adverso e caótico, trago essa excelente metáfora do porco espinho, para exemplificar uma realidade:

"Um grupo de porcos-espinhos ia perambulando num dia frio de inverno. Para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Para fazer cessar a dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente a companhia uns dos outros, e o ciclo se repetia, em sua luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o enregelamento."

Schopenhauer nos mostra aqui com essa metafora, a infindavel questao do individuo, diante de sua eminente necessidade de sociabilizar e suas consequencias intrinsicas na perda da paz individual que essa "necessidade" acarreta.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olhos Vendados



Temos uma rotina vertiginosa, que nos impossibilita viver fora do aquário muitas vezes.

Mas acredito que devemos em primeiro lugar ter a consciência desperta, não importando se estamos no ambiente frenético de trabalho, em uma festa ou coquetel, ou com nossos familiares.

Para não nos aprisionarmos na superficialidade da maioria, e seus valores distorcidos e fugazes. A felicidade é ser e não ter. E especialmente em nossa sociedade no trato com as pessoas esse conceito confunde as pessoas.

Se estamos lhe dando com um chefe, um cliente importante, um político influente, um milionário. Ou se estamos lhe dando com um garçom, uma faxineira, um motorista, um jardineiro. O trato deve ser igual. A cordialidade, atenção, os valores que trazemos e a nossa sinceridade tem que estar presentes, e sermos vigilantes para não cairmos apenas nos discursos bonitos, de democracia, igualdade e respeito. Acima de tudo temos que ser livres de convenções falsas e hipócritas. Por minha própria sorte tive oportunidades de vivenciar muito esses relacionamentos e tratamentos, posições sociais, e aprendi cedo ter equanimidade com as pessoas. E se tenho um conhecimento concreto que posso compartilhar é esse: Devemos nos relacionar e considerar pessoas e não coisas.

Não caia no erro de julgar pessoas pelo que trazem no bolso. Como disse o grande filosofo Schopenahuer; A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.


Comparti-lho a observação de dois pensadores e filósofos do passado, que enxergavam alem da superfície, como poucos que passaram por esse mundo:


A principal verdade da arte de ser feliz continua sendo a de que tudo depende muito menos daquilo que se tem ou representa do que daquilo que se é. A personalidade é a felicidade suprema. Em todas as ocasiões possíveis usufrui-se na verdade apenas de si mesmo: se o próprio eu não vale muito, então todos os prazeres são como vinhos excelentes em boca azedada com fel.

ARTHUR SCHOPENHAUER


"O que precisamos saber é quanto vale a espada e não a bainha, porquanto talvez não demos grande coisa por ela. É necessário julgar o homem em si e não pelos seus adornos. Como disse um filosofo do passado;"Sabeis porque o achais grande? Porque o medis com o pedestal". O pedestal de uma estátua não é parte integrante dela. Devemos medir-lo sem pernas de pau, nem riquezas e dignidades: em mangas de camisas. São quadros para olhos remelentos, estufas para paralíticos.
Por isso diz Platão que a saúde, beleza, força, as riquezas e tudo o que consideramos felicidades são males para quem tem juízo errado. A menor picada basta para tirar todo o prazer que poderia ter em governar o mundo. A primeira pontada de gota, seja senhor ou majestade, "coberto de ouro ou prata", perde ele a lembranças dos palácios e grandezas. E por ser príncipe deixara de corar, empalidecer, de ranger os dentes quando tomado de cólera?"
Um homem de reais virtudes esta a quinhentas milhas de reinos e ducado, é ele próprio seu império.

MICHEL DE MONTAIGNE

sábado, 22 de agosto de 2009

Olhos superficiais

Quanto mais simplista e sem mistérios é uma escolha, mais superficial a sua opção. Mais óbvia, mais imatura, mas fácil a definição. Quanto mais fácil definimos algo, mais desprezível, distante de admiração. Todas as obviedades são superficiais.

Os imediatistas e curvados tem atração incrível por elas, esse que tem seus horizontes limitados, foge o que esta distante.

São os sujeitos que só sabem somar, dois mais dois. Para eles, uma conta de multiplicação é uma hipótese descartada. Enxergar alem do presente, uma insanidade.

O simples é a mais bela opção, mas só com muita probidade percebemos sua eloqüência, e na maioria das vezes ele passa despercebido de nos, no dia-dia.

Como contemplar uma manha, de muito sol, de céu azul infinito. Radiando cores e beleza. Amar alguém passa a ser uma escolha igualmente. Pois moldamos nossos gostos conforme os interesses desse nosso ego, que muitas vezes este repleto de fantasmas condicionados, por esses olhares tão superficiais.

Entender isso como um fim, nessa simplicidade despercebida, como uma dádiva diária, ao contrario de quem presume a felicidade buscada no intangível. É ser simplista, não sendo. É descobrir o tesouro enterrado logo ao lado de nossa cama.

Pois aos olhos grosseiros de nossa sociedade, a obviedade grosseira é sofisticada, sendo que supostamente é sofisticado aos olhos de alguém desperto, é o mais simples.

É justamente a opção mais óbvia, a que esta cheia de brilho dourado.

Não some tantas obviedades no amor e em suas escolhas amorosas, pode ser que doravante lhe restara uma conta de divisão, compulsando-lhe um saldo negativo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Doces Prantos



Doces prantos, dos meus olhos lágrimas escorrem
Suave brisa se faz sentir em meu rosto,
Fria por vezes, mas de um intenso constante
Curto é o amor, longo o esquecer...


As vozes já se calaram
O querer já não verbaliza
A magia não enfeitiça
Mas esse amor persiste na viga.


A minha maneira fui seu amor, a minha maneira te amei para sempre
A sua maneira você se foi,
A dor já não fala, as pessoas se vão
A vida que segue as crianças já não mais choram...


O sorriso sincero, a gargalhada mais gostosa
A vida radiando de um eterno sol, pureza de um anjo.
A dor já não fala, as pessoas se vão.


Um livro se fecha, um olhar se perde
Na mais doce lembrança, de uma vida vivida
E sem sentir culpa, um coração pulsa


E desse amor se proclama, longe da vergonha
E na língua do eterno te digo;
Eu te amei... E você, não tem nada com isso



By Alessandro


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Buscar por dentro


Na Idade da Razão, o personagem principal de Sartre acreditava que: As lágrimas são tragédias humanas, como um choro de Deus diante da maldade dos homens.As lágrimas que escorrem em nos, também escorre em Deus.

Porem, ninguém mas ninguém é responsável pela nossa felicidade, existe em um lugar reservado dentro de nos, que ninguém mais é admitido apenas nos, onde somos soberanos e nesse momento descobrimos nosso mundo é mais belo e maior que qualquer pessoa que um dias nos machucou, e que podemos amar sem medo, pois antes de tudo nos amamos. Descobrimos que não se sabe amar, amar não é saber, se ama. Descobrimos que devemos amar quando a pessoa menos merece, pois é quando mais precisa. Descobrimos que muitos dizem amar, mas amam seus desejos, suas vontades, suas fantasias. Amar é amar o ente não o ato.

Descobrimos que a mais sincera admiração a verdadeira, eh aquela emanada do coração, pois amar é admirar com o coração. Descobrimos que amar não se explica se sente, mas se explica quando não se ama.

Enfim descobrimos que podemos marchar contra uma multidão e ainda assim estarmos no caminho certo. Escutando nossa essência, descobriremos multidões e dezenas de opiniões ensandecidas.

sábado, 11 de julho de 2009

Aforismos para a Sabedoria de Vida, Por Schopenhauer

Se a um estado livre de dor acrescenta-se a ausência de tédio, então se alcança a felicidade na terra no que tem de essencial; o resto não é mais que quimera. Segue-se daí que nunca se devem comprar prazeres à custa de dores, tampouco do risco, visto que isso seria pagar algo negativo e quimérico com algo positivo e real. Em contrapartida, há benefício em sacrificar prazeres para evitar dores. Em ambos os casos, é indiferente se as dores seguem ou precedem os prazeres. Não existe verdadeiramente loucura maior que querer transformar este teatro de misérias e lamentos em um lugar de prazer e buscar prazeres e alegrias, como tantos fazem, em vez de tratar de evitar a maior quantidade possível de dores. Há alguma sabedoria naquele que, com um olhar sombrio, considera este mundo como uma espécie de inferno, e não se ocupa senão de proporcionar-se um abrigo onde esteja a salvo das chamas. O tolo corre atrás dos prazeres da vida e colhe desilusões; o sábio evita os seus males. Quando, apesar desses esforços, não se consegue evitá-los, a culpa é do destino, não da própria tolice; porém, na medida em que o consiga, não será desiludido, porque os males que houver evitado são muito reais. Ainda que seu esforço em evitá-los tenha sido excessivo, sacrificando prazeres desnecessariamente, não perdeu nada realmente; pois todos os prazeres são ilusórios, e lamentar por sua perda seria mesquinho, e mesmo ridículo. A incapacidade – encorajada pelo otimismo – de apreender essa verdade é a fonte de muitas desgraças. Assim, nos momentos em que estamos livres de dores, desejos inquietos fazem brilhar à nossa vista as quimeras de uma felicidade que não tem existência real e nos seduzem a persegui-las; com isso atraímos a dor, que é indiscutivelmente real. Então lamentamos a perda desse estado de ausência de dor que, como um paraíso perdido, ficou para trás, e em vão tentamos reverter o que está feito. Parece que um espírito maligno, com visões de nossos desejos, ocupa-se constantemente em nos distanciar do estado de ausência de sofrimento, da felicidade suprema e real. O jovem irrefletido imagina que o mundo existe para ser desfrutado; que é a morada de uma felicidade positiva; que os homens não a alcançam porque são incapazes de superar as dificuldades. Sua crença é reforçada pelos romances e poesias, e por essa hipocrisia que o mundo exibe onde quer que seja e sempre em favor das aparências, assunto ao qual retornarei em breve. Daí em diante, sua vida é uma busca mais ou menos deliberada de uma felicidade positiva que, como tal, diz-se consistir de prazeres positivos. Não devemos esquecer os perigos aos quais se expõe nessa busca pela felicidade. Isso leva à persecução de coisas que não existem de maneira alguma e, em regra, acaba por conduzir a uma desgraça muito real e positiva, que se manifesta como dores, sofrimentos, enfermidades, perdas, cuidados, pobreza, desonra e outras mil calamidades. O desengano chega tarde demais. Se, pelo contrário, se obedece à regra aqui exposta, se o projeto de vida é dirigido com o fim de evitar o sofrimento, ou seja, se manter afastado da necessidade, da enfermidade e de qualquer outra moléstia, então o objetivo é real. Assim, será possível alcançar algo, e tanto mais na medida em que o plano não for atrapalhado pela persecução dessa quimera da felicidade positiva. Isso concorda com a passagem de Goethe, em Wahlverwandtschaften [as afinidades eletivas], na qual Mittler, que sempre tenta levar felicidade aos demais, diz: Aquele que quer livrar-se de um mal sempre sabe o que quer; aquele que busca mais do que tem é mais cego que um acometido pela catarata.

http://ateus.net/artigos/filosofia/aforismos_para_a_sabedoria_de_vida.php

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Super-Homem


O grande lance na vida é descobrir seu bliss (dádiva). Encontrar o bliss é descobrir a nossa trilha, a verdadeira. Aquela, que só ela pode nos levar a jornada vitoriosa. A ponte do velho homem para o novo homem.

Isso representa fundamentalmente ter como meio de vida, ou seja, seu trabalho e sustento, com a "vontade" trabalhando por você, como mola motriz. Essa imensurável energia desconhece escassez de recursos, é o combustível do coração. Descobrir o bliss não é seguir contextos sociais, não é incorrer no equivoco de se moldar pelo engodo do ego. Não se deslumbrar com preceitos morais caducos, não se melindrar por hipócritas oficiais. Não ser pertinente por agradar, mas por acreditar. Acreditar no que se diz, falar com a liberdade da verdade. Descobrir o bliss é se descobrir como um herói. É uma dádiva espontânea dos céus ou conseqüência de um trabalho dedicado. Ter por trabalho, meio de vida, algo que reluz no espírito, é meio caminho para achar o herói adormecido dentro de nos. O super-homem é aquele que trilhou o próprio caminho. É aquele que escutou a própria essência, e que não ficou desanimado com as primeiras derrotas, mas obteve substratos delas, para configurar a vitoria. Ele sabe que por mais difícil e demorado, e que por mais que tenha que se reerguer, a esperança sempre estará La, e só ela o iluminara nessa caverna escura da vida.


O sucesso para o super-homem é uma conseqüência passível de sublimação, não pela vaidade, mas pela objetividade. O super homem é aquele que escolheu seus amigos por afinidades do coração, não por convenção social. Ele sabe que amigo não reluz, sabe o que reluz é ouro. E que apesar de reluzir, do ouro não extraímos compreensão, não obtemos compaixão. Ele sabe que os sujeitos que vivem e respiram interesse, são pulgas já mortas.


O super homem, acredita e carrega dentro de si a certeza, por mais que a incerteza o desanime. Que por mais vezes que juntou cacos do que sobrou do coração; que estará La, no meio, ou na curva final do caminho, um amor para que ele possa dizer com todo coração; eu te amo.




sábado, 27 de junho de 2009

Adeus Michael


Michael é o maior ícone pop da minha geração. E vou alem, ele é maior ícone pop de todos os tempos. Foi como qualquer ícone vitima de seu reino. Pessoas com fama infinitamente menor desandam em suas vidas. Não podemos condena-lo por seus actos sem analisar sua condição única de star, pois esses são atenuantes numa planeta que valoriza os sentimentos mais superficiais, repugnantes e despreziveis possíveis.
Michael tinha todos ingredientes que em nosso mundo se considera sucesso; fama, gloria, muito dinheiro, ainda assim não era feliz.
Michael tinha tudo e não tinha nada. Triste ver onde aquele garotinho de lábios imensos carnudos, com a voz mais terna e bela possível, tenha desaparecido dentro de um ícone.
O mundo roubou o Michael do próprio Michael. Para mim Billie Jean esta entre as três melhores cancoes pop de todos os tempo.

Imigrantes brasileiros


Vejo pessoas que acreditam que possam definir e classificar os imigrantes brasileiros nos EUA. Apenas determinando os sentimentos externos desses. Não analisando as verdadeiras causas de seus sentimentos. Com a experiência de 10 anos de vivência por la, e 34 anos de vivência no Planeta Terra, cheguei a conclusão que:

Pessoas são inconstantes, pessoas são influenciáveis pelo meio e pessoas são "inclassificaveis". Mas se quisermos "classificar" pessoas, temos que ir mais a fundo.
Um brasileiro "wetback"(termo usado nos EUA, para designar imigrantes que entraram ilegalmente, pois na fronteira com o México eh necessário atravessar o rio para atingir a frenteira dos EUA, disso advém o termo costas molhadas.) sempre sentira saudade de sua terra natal, onde tem o mínimo de cidadania. Jamais será inserido no contexto social americano. Um rapaz formado num boa faculdade do Brasil, com MBA nos EUA, e com um emprego legal, bem remunerado, tem sua cidadania "autenticada". Acima de tudo quem classifica e escolhe os indivíduos, eh a sociedade que ele esta inserido. E certamente a sociedade americana, vai escolher o Maurício do MBA, e excluir o João da Silva do interior de Minas, com o primeiro grau incompleto, que parcamente constroi uma frase em inglês. E um excluído desenvolve todos os sentimentos de saudosismo, como uma dia que era feliz e não sabia. Por que o dinheiro paga o pão, que mata a fome. Mas ser amado, querido e valorizado, eh um fome que o dinheiro não paga, sendo a fome da alma.
Portanto eh melhor classificarmos país, sociedade, governo e cultura. De que simplesmente analisar a superfície, a crosta dos sentimentos de um povo imigrante, que atravessa por vicissitudes e desafios que jamais vivenciariam em sua própria terra.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Spinoza e a Felicidade

Felicidade eu compreendo como um sentido amplo, de plenitude independente de fatos, condicoes, estímulos. Podemos ter momentos felizes, claro. Eu não acredito que a , leve a felicidade. Acredito que o saber, estar em sintonia com a natureza, a vida, compreender a causalidade de tudo nos aproxime muito da felicidade. O saber eh libertador, e quanto mais liberdade mais livre para a almejada felicidade.O prazer pra mim não representa a felicidade, ela esta mais alem. O que sinto se alinha com o que o filosofo Spinoza definiu:

Depois que a experiência me ensinou que tudo que acontece na vida comum são coisas vãs e fúteis, e quando percebi que todas as coisas que eu temia e que me temiam nada tinham de bom ou mau, a não ser o grau em que a mente era por elas afectada, decidi, por fim, investigar se havia alguma coisa que pudesse ser verdadeiramente boa e capaz de comunicar a sua bondade e pela qual a mente pudesse ser afectada a ponto de excluir todas as outras coisas; decidi investigar se podia descobrir e obter todas as outras coisas; decidi investigar se podia descobrir e obter a faculdade de gozar; por toda a eternidade, uma continua felicidade suprema.(...) Eu conhecia as muitas vantagens adquiridas com a honra e riqueza, e sabia que seria impedido de adquiri-las se quisesse investigar seriamente uma nova questão. Mas quanto mais se possui qualquer uma das duas, mais aumenta o prazer, em consequência, mais se eh estimulado a aumenta-las;ao passo que, em qualquer momento que nossa esperança eh frustrada surge em nos a mais profunda dor.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Existe Amor sem Ótimo Sexo?







Era esperada uma evolução nas relações sexuais e amorosas, que dependia mais dos homens, em se postar sexualmente seletivo. Perceber com duras dores, que ser levado por seu instinto e corpo, o tornaria apenas um promiscuo, um cavalo garanhão. E ninguém com o mínimo de consciência gostam de se sentir um cavalo após o gozo, isso eu garanto.
A idéia é olhar para a pessoa após uma relação e sentir amor.

Mas quem deu o passo foi à mulher, e infortunadamente não foi um passo para frente, mas um passo de caranguejo. Nessa revolução feminina na ânsia de se igualar inclusive nos piores aspectos da masculinidade, ai o progresso se tornou regresso.


A proeminência das mulheres e seus direitos adquiridos vasto e inúmeros diminuem a ditadura masculina, automaticamente sua autoridade. Os homens não são mais os mesmos pujantes de antes, não tem mais a mesma força de caráter. Mas ao mesmo tempo o oposto desse homem, forte e inflexível, era muito quisto pelas mulheres, mais flexível.


Muitas mulheres tanto choramingavam e esperava um homem mais sensível, intuitivo, amigo compreensível, e agora que tem saúdam o velho carrasco num jogo desenfreado de insaciação... Agora dizer que homens só mudam de endereço é desconhecer por completo historia e realidade.
Estão entre os homens a imensas complexidades de personalidades, afinal se encontra infinitamente mais gênios, e loucos, presidiários e presidentes entre homens que mulheres.



As mulheres biologicamente são mais seletivas que os homens, têm que ser. Sua procriação se resume a cada nove meses, os homens com boa saúde pode ter filhos quase ilimitadamente. A natureza reservou à mulher a qualidade da reserva, da escolha, da seleção. A serenidade de ser seletiva, sem ter seus hormônios por trás atacando a cada instante.


O ciúme na mulher e bem menos profundo q no homem, a promiscuidade na mulher é bem menor, e sempre foi tão violentamente repudiada por obviedades biológicas. Os pais machões e obtusos adoram filhos garanhões, mas nunca ouvi falar que alguém tem orgulho por uma filha garanhona, alias nem feminino tem essa palavra.


O ciúme é muito mais profundo no homem, a traição no homem é infinitamente mais sentida, pois é uma traição de sentimentos e não só da carne. E isso é óbvio. Mas essa nova postura feminina confundiu ainda mais os homens.


O homem hoje em dia tem a obrigação de ser o bom de cama, o garanhão, que proporciona orgasmos múltiplos, que tem o maior membro etc...


As mulheres poderiam continuar sabias na sexualidade, pois foi uma "facilidade" dada pela natureza. Mas parece que constatamos na rua outra coisa. Essa "assanhadinha" das mulheres no terreno do sexo causou muitos conflitos e parece que esta longe de entendermos onde vai parar isso. Se em nosso mundo existe prazer sem amor? Essa afinal, é a pergunta do titulo do texto!

Óbvio que sim, ainda mais diante dessa tempestade toda que citei. Acho que se pode muita vezes encontrar mais prazer, sem amor. E às vezes um amor meio murcho no sexo.

Acima de tudo devemos entender que: Nos não queremos uma coisa porque desejamos, desejamos porque queremos. Queira amar puramente, o desejo floresce. O desejo pelo contrario, não se transforma em amor. Mas sim em desejo constante. Para bom entendedor, essa frase basta.


Até Onde Perdoar?

Constantemente lidamos com essa palavrinha, é uma grande constante em todos os sectores onde nos relacionamos com pessoas. Sempre nos esperam a dar, e quando somos "réu" a esperar.
A mais sabia atitude é não se colocar na figura de juiz ou inquisidor. Claro nós erramos, e pessoas erram umas com as outras.
Devemos ser justos acima de tudo, e ser justo é também ter consciência da probabilidades e repeticoes que esses erros podem repetir com o advento de um suposto perdão. Schopenhauer com muita sabedoria mais que qualquer outro, discorreu assim:

Perdoar e esquecer equivale a jogar pela janela experiências adquiridas com muito custo.

Se uma pessoa com quem temos ligação ou convívio nos faz algo de desagradável ou irritante, temos apenas de nos perguntar se ela nos é ou não valiosa o suficiente para aceitarmos que repita segunda vez e com frequência semelhante tratamento, e até de maneira mais grave.
Em caso afirmativo, não há muito a dizer, porque falar ajuda pouco.
Temos, portanto, de deixar passar essa ofensa, com ou sem reprimenda; todavia, devemos saber que agindo assim estaremos a expor-nos à sua repetição. Em caso negativo, temos de romper de modo imediato e definitivo com o valioso amigo ou, se for um servente, dispensá-lo.

Pois, quando a situação se repetir, será inevitável que ele faça exactamente a mesma coisa, ou algo inteiramente análogo, apesar de, nesse momento, nos assegurar o contrário de modo profundo e sincero. Pode-se esquecer tudo, tudo, menos a si mesmo, menos o próprio ser, pois o carácter é absolutamente incorrigível e todas as acções humanas brotam de um princípio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo, e não o que é diferente. (...) Por conseguinte, reconciliarmo-nos com o amigo com quem rompemos relações é uma fraqueza pela qual se expiará quando, na primeira oportunidade, ele fizer exactamente a mesma coisa que produziu a ruptura, até com mais ousadia, munido da consciência secreta da sua imprescindibilidade.



Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vida o princípio individual

No intimo, na essência da vida, somos seres autentica mentes solitários. Todas as travessias de fato são solitárias, nos momentos mais difíceis no imo, La no fundo estamos sós, apenas contamos conosco. A vida é uma jornada solitária em sua totalidade. Talvez possam perceber melhor ou não perceber essas vicissitudes intrínsecas da torrente do mundo. O pulsar da vida é individual.



Nossa natureza é solitária em sua essência. Vamos parar para pensar, e relembrar todos os momentos decisivos em nossas vidas, aquelas dores e cicatrizes que nos moldam para todo sempre; como estávamos sozinhos com ela, vieram por vezes os consolos, os atenuantes. Como tivemos que negociar com o tempo, com as mãos amigas, com a solidariedade, essas por vezes raras. Eram balsamo das feridas. Mas como La no fundo, bem no fundinho, estamos sós.



Apenas nos, como viemos para esse mundo. Esgoelando, chorando, projetados do ventre de nossas mães. Ah como estávamos sós, quando aquele primeiro amor acabou, e nosso coração partiu. Partiu para sempre. Ah como estávamos sós, quando tivemos que encontrar a profissão, encarar o mundo, sermos auto-suficientes. Com todas as influencia ou não da sociedade e família. Como estávamos sós naquele acidente que nos deixou seqüelas, marcas, cicatrizes.



Ah como estávamos sós, quando o mundo não nos entendia, quando as idéias não eram precisas. Como estávamos sós, quando um ente amado, queridos partiu, e deixou aquela marca da ausência em nossos corações. Como estávamos sós quando tragédias nos aconteciam, que só na TV e que com vizinhos supúnhamos que ocorressem.


Ah como estávamos sós, naquelas noites caladas, onde lágrimas escorriam. Ah como estávamos sós, quando nada no mundo, apenas o tempo fazia calar em nossos corações tanta dor. E finalmente após tantas travessias solitárias. Deveremos partir, e partir pra sempre. E novamente, estaremos sós como sempre. Lembre-se de ser forte por toda vida, pois apenas tu e somente tu no fundo, poderás contar em sua travessia.






Germinal




Por quanto tempo estive sozinho
Oh céus que só tu
tive por testemunha

Diga ao mundo quanto mal
me viste suplantar
quanta vontade viste-me aniquilar

Oh céus diga para o mundo
tu és quem tive em distantes terras
por todo esse tempo na platéia

Sem nenhuma panacéia
viste um degredado ultrajado
do silencio despatriado

Em solos inóspito
sem cores alienado
sem a rica língua mãe para falar

Assim sem voz nada pude pronunciar
a vivenciar o dom nobre
que de minha alma não pode germinar

Ao cinza frio
da neve a me silenciar
sem poder me expressar

Oh Germinal diga ao mundo
para se calar
é minha hora de falar


A aposta silenciosa de Schopenhauer


O grande filosofo Arthur Schopenhauer jantava, em geral, no Englischer Hof.

No inicio de cada refeição, colocava uma moeda de ouro sobre a mesa, à sua frente; e ao final tornava a colocar a moeda no bolso.

Foi, sem dúvida, um garçom intrigado com esse gesto que lhe perguntou o significado daquela invariável cerimônia.

Schopenhauer respondeu que era sua aposta silenciosa, com a promessa de depositar a moeda na caixa de coleta de esmolas no primeiro dia em que os oficiais ingleses que jantavam lá falassem sobre outra coisa qualquer que não fosse cavalos, mulheres ou cachorros.
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Amigos façam suas apostas silenciosa, caso vejam no meu blog algo como, carros, ultima capa da playboy, o melhor happy hour da cidade, a moeda eh sua!!! :-)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Michel de Montaigne




Tenho em Michel de Montaigne um grande amigo, mesmo póstumo. Poucos amigos vivos foram tão presentes como ele.

Minha afinidade de pensamentos, a admiração pela sinceridade, pelo humanismo. Me faz pensar não outra coisa, senão como um grande amigo. Sua honestidade em falar do mais trivial ao mais profundo tema, o fez humano. Longe de um pedestal. Um mestre sem a pretenção da maestria.
Mas falou verdades que ressoaram nas almas de milhares, verdade que ele mesmo deixou claro, estão ai ao alcance de todos.
Penso como Oscar Wilde, que disse: "Escolho meus amigos, pela cara lavada e pela alma exposta."

Desde Shakespeare a Stendhal tinham os Ensaios como livro de consultas. Beranger disse: Quantas ideias me roubou esse homem!"
Pascal disse dele: "não eh em Montaigne mas em mim mesmo que se acha o que nele vejo."
O filosofo americano Waldo Emerson encontrou nele um mestre de vida e os Ensaios pareciam ser escrito por ele mesmo em uma existência anterior.

Eu tenho os Ensaios como um marco em minha vida, um divisor de pensamentos, com muita luz.
Impressionante como palavras de um pensador que viveu no séc XVI são tão presentes, e ressoam numa linguagem tão familiar ao nossos dias.
Acima de tudo eu tenho Montaigne não como um mestre, mas um grande amigo.
"Filosofar eh aprender a morrer, quem aprendeu a morrer, desaprendeu a servir. "
"Aos aplausos da multidão prefiro os da minha consciência."- Michel De Montaigne(1533-1592)

Eu um Rio


Sou turvo
Como um rio obliqua
Límpido quando
Em águas cristalinas


Na torrente do mundo
Moldo meus desatinos,
Nos meus desatinos
Encontro meus propósitos


Minhas águas
Desemboca-se na astucia,
No intelecto experimento meu ensejo
desafoga minhas moléstias nas magoas


No passado encontro ajuda,
gotas escassas de algumas lágrimas,
Formam margens
E delas moldaram meu curso


Turvo sendo,
De águas profundas
Avenho meus pensamentos


De amor se faz justo,
E do justo assim rogo eu


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Amor e Justiça


Adquira o direito de amar, ter um amor e confortar o coração.

Pois ate o mais injusto goza desse direito. Ate os seres mais "cascalhados", desapegados a qualquer senso de justiça desfrutam.

Mas será esse amor uma essência superior a justiça? Nietzsche expôs assim:"Porque se exalta o amor em detrimento da justiça e se diz dele as coisas mais lindas, como se fosse uma essência superior a ela?Não eh evidentemente mais estúpido que ela?-Certamente, mas eh certamente que o torna mais bem agradável a todos.

Ele e estúpido e possui uma rica cornucópia; tira desta seus presentes para cada um, mesmo que não o mereça, mesmo se não demonstre qualquer gratidão por causa deles. É imparcial como a chuva que, segundo a Bíblia e a experiência, encharca ate os ossos não somente o injusto, mas eventualmente também o justo."

Does Money Talk? Is It Real?

Entre os ilustres adeptos dessa famosa expressão, esta Bill Gates.
Eh de fato essa afirmação verdadeira? O dinheiro fala, tem uma linguagem própria?

Sim o dinheiro fala: O dinheiro fala todos os idiomas, todas as línguas e dialectos.
O dinheiro é extremamente eloquente, se expressa persuasivamente e convincentemente.
Nem Cícero o mais eloquente dos homens, poderia ombrear.

Mas tampouco é sua lógica pitagórica que convence; convence antes dela, pois toca fundo no querer, na vontade suprema que antecede o desejo.Esbanja uma erudição baconiano, sem precedentes. Um intelecto aristotélico.

Tem uma beleza irresistível, que transcorre desde os tendões, ate seus fios de cabelos apolinios. Transmite um ar jovial e conquistador, sua companhia a mais quista e irresistível. Sua falta é a mais sentida, e sua ausência a mais lamentada.

Ele fala igualmente a linguagem artística, alem de tudo uma arte esplendorosa. De um esplendor, que de meio passou a ser um fim.

If money talk's? Yeap! Money talks a lot.

" Saber pertencermo-nos."



Devemos olhar primeiro para dentro, esgotar todas as possibilidades interiores, para ai sim podermos ter uma visão exterior. Todos grandes acontecimentos não partem de fora para dentro, mas o inverso, não se busca fora que só se pode encontrar dentro.


Não deposite em outros que só nos podemos fazer. Não entregue esse poder para outro, nossa felicidade é muito preciosa, pois fora de nos ninguém tem a mínima possibilidade de mudar que só nos podemos. Nosso curso parte de dentro, se a viagem partir de fora para dentro só encontraremos desilusões.


Um grande amor é maravilhoso, imaginar, sentir e olhar para um ser amado nos traz os melhores sentimentos, mas antes de tudo devemos ter a consciência desse mesmo amor para conosco; Ninguém que não se ame é digno de ser amado.

Devemos olhar para esse amor como um pássaro livre, e como diz o poeta cuidarmos desse nosso jardim para que esse possa um dia voltar. E se não voltar um melhor poderá, pois nem esse jardim nem o mesmo pássaro existira mais, pois ou o jardim será diferente ou o pássaro será outro. E valorizar de fato que tudo faz acontecer de forma plena nesse jardim que nos somos.

"Que esta fora de nos pode não nos ser indiferente, mas não a ponto de se colar a nos de modo que não se arranque sem nos esfolar e sem levar alguma parcela de nos. A coisa mais importante do mundo é saber nos pertencermo-nos."-Montaigne

A verdadeira plenitude é sermos plenos em nos. Esgote também em nos todas as faltas e desvios que encontramos em outros, como foi dito; "Quando vires um homem bom tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. -Confúcio Se existe uma pessoa que devemos cobrar e prestar conta, somos nos mesmos. Se existe algum lugar que a inveja, raiva, falsidade e outros males devem ser extirpados e banidos inicia-se olhando para o próprio umbigo.

A nossa felicidade consiste em sermos conscientes de nossa inconsciência, ser soberanos de nos mesmos! Assim podemos passar na vida por um furacão físico ou emocional, uma varredura trágica e mesmo assim olharmos para dentro e descobrir que o segredo da felicidade é poder dizer apesar de tudo; "Todos os meus bens estão comigo!"-Sêneca

 Ninguém mas ninguém é responsável pela nossa felicidade, existe em um lugar reservado dentro de nos,um recanto pessoal independente de tudo, que ninguém mais é admitido apenas nos, onde podemos ser fieis unicamente as nossa essência e verdade, onde somos soberanos e nesse momento descobrimos nosso mundo é mais belo e maior que qualquer pessoa que um dias nos machucou, e que podemos amar sem medo, pois antes de tudo nos amamos.

Descobrimos que não se sabe amar, amar não é saber, se ama. Descobrimos que devemos amar quando a pessoa menos merece, pois é quando mais precisa. Descobrimos que muitos dizem amar, mas amam seus desejos, suas vontades, suas fantasias. Amar é amar o ente não o ato.
Descobrimos que a mais sincera admiração a verdadeira, é aquela que emana do coração, pois amar é admirar com o coração, e assim o condicional se torna incondicional.
Descobrimos que amar não se explica se sente, mas se explica quando não se ama. Enfim descobrimos que podemos marchar contra uma multidão e ainda assim estarmos no caminho certo. "A coisa mais importante do mundo é saber pertencermo-nos."

É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.-Guimarães Rosa
O filósofo grego Epicuro escreveu: “O essencial para nossa felicidade é nossa condição íntima e dela somos senhores”.

domingo, 14 de junho de 2009

Mudar para sempre

"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre"-Charles Chaplin
Renascer em si mesmo". Tudo direcciona mudança. Tudo indica a trocar a camisa, se despir do velho e vestir o novo. E quem fica estático é impelido e impulsionado por essa mola propulsora da vida, a torrente evolutiva da vida é a mudança, e ela usa o nome de dor, de alegria, das paixões e do conflito dos opostos. Mas a pergunta; ate que parte de nossa vida devemos mudar? A vida é uma continua mudança? Tudo flui a todo tempo? Sempre fica para trás um eu que não existe mais? Parece um constante reintrodução, reconstrução; Prazer em conhecer esse novo nos, parece sempre ser essa meta, esse o conselho, esse o caminho, essa a boa nova. Uma nova etapa se inicia, um novo eu, a morte do velho o renascimento do novo. Mas por que o novo eu? Ate quando teremos que nos vestir e vestir e mais vestir do novo? Parece que ficamos sempre a margem de "a coisa em si" Kantiana, parece que isso sim passa a ser a medida da duvida. Não existe um Eu eterno? Que esta estático não transmuta? Não progride? Não completa? Será que o sentido da vida eh fluir?
Cada dia que passa envelhecemos, células morrem, o tecido degenera, uma ruga nova ali outra acolá, cada dia que passa estamos um dia mais velho e mais um dia de nossa vida desvanece, sem piedade. E mais uma primavera um aniversario que passou. Eh claro que o tempo não é negociável, eh o nosso barco seguindo o rio abaixo, fluindo num curso sem volta, pois é continuo e linear. Mas será assim a vida? Talvez ai esteja todas as respostas, de constante mudanças e fluidez. O filosofo grego Heráclito disse; "Nós não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mesmos já somos outros". Mas será que nada é permanente, excepto a mudança como disse Heráclito, por que devemos ou somos impelidos em sempre mudar?
Deus nos presenteia com um novo dia, a cada 24 horas, um novo ano a cada 366 dias, uma nova estacao a cada 3 meses, novos amigos, novos amores, novas frustracoes, novas alegrias. Já não encontramos as mesmas alegrias com as mesmas coisas, mudam-se os gostos, mudam-se os hábitos. Do mal que nos fizeram as magoas na lembrança, do bem as saudades. Dos nossos actos nossos legados.Mas será que somos tão efémero? Escutamos pessoas dizerem que não gostava de certa pessoa, que aprendeu a gostar com o tempo, mal sabe ela que não é a mesma pessoa. conheceu uma outra sendo a mesma, que incrível afinidade se criou, que mudança mais mitigada em duas mãos. Pessoas que tão ardentemente abraçou causas no passado, que hoje ironizam da própria escolha. Amores compatíveis puerilmente se tornam incompatíveis, com o piscar dos olhos. Aquelas "ironias do destino".
Essa é o eterna lei do novo e velho, do começo do fim, do recomeço do novo fim, numa infinita possibilidade de escrever, apagar, escrever, mais reescrever nossa historia e nossos caminhos.
Enfim um novo hobby, novo trabalho, um novo desafio, um novo amor, uma nova vida. Entra ano e sai ano, e nada é estático. Uma continua transmutação, uma continua renovação. Essa é a lei, essa afinal é a teoria da evolução de Darwin, e percebendo ou não esse é o rio da vida. A constante mudança, num caminho linear para a tese, antítese e a síntese desse novo eu diante do mundo. A mudança é o progresso, é a evolução. Cabe a nos por cada oportunidade dada sermos o melhor de nos mesmos! Encontramos as respostas? Concluo com a definição de Bergson: "Cada momento não é apenas algo novo, mas algo imprevisível; a mudança é muito mais radical que supomos." E como tempo é acumulo, o futuro nunca pode ser igual ao passado, pois surge um novo acumulo a cada passo. Para um ser consciente, existir é mudar, mudar é amadurecer, amadurecer é continuar criando a si mesmo eternamente."-

NOSSO DESEJO CRESCE COM A DIFICULDADE


"O fogo se aviva com o frio."
Não cheguei ainda entender por completo isso da natureza humana. Por que nosso apetite despreza o que acha a sua disposição: corre atrás do que não tem, desdenha que esta a mão e busca que não pode ter. valoriza quando perde.

Muitas mulheres não se aperceberam disso quando se entregam na primeira noite. Ou os "sérios" quando não apimentam o relacionamento com um pouco desprezo pelas suplicas de sua mulher ou uma ameaça de seu reinado, mesmo inconsciente. Desconhece o tapinha que excita. Mulheres adoram a atenção das "rivais" ou seja todas as outras mulheres, 'sendo "o bicho mais social" do mundo. Por isso esse fascínio que muitas tem pelos chamados "cachorroes" ou "galinha".

Os homens tem grande excitamento pelas "fáceis", onde todos seus desejos conscientes e inconscientes reluz. Mas o "após" nos homens saciados causa repudio. Dificilmente desenvolve outro sentimento. No entanto o amante no caso das mulheres causa efeito inverso ao contrario do pobre fiel que perde o tempero, esse se torna apaixonante como disse Montaigne: "A paixão busca excitantes na dor; eh bem mais doce quando queima e esfola."Não acredito que a maioria das mulheres possa se apaixonar por um "Manezao" e se prenda por ele, sua essência aponta para um tipo"Cachorrao". A não ser que seja uma "paixão" pecuniária.
Disse Terencio;"queixa-te do teu superfulo e eu da carência do necessário."

O Partir de Um Amor --Poesia




Amor,
quando você estiver lendo
esta mensagem,
eu já terei seguido viagem.
Parto com passagem só de ida,
levando comigo
todos os sonhos de uma vida.
Na bagagem,
as esperanças de um dia
seguem numa mala,
hoje, quase vazia.
Nos bolsos,
apenas um lenço
para as vezes
que em você eu penso,
com os olhos marejados.
Sabíamos
que esse momento chegaria
e que o mais correto seria
eu mesma partir.
Assim como cheguei...
do nada...
sem ter para onde ir,
assim...sem nada...
eu vou sair.
Quanto às velhas esperanças,
estou levando nesta mudança
para atirá-las ao sabor do vento,
junto aos meus sentimentos.
Não vou olhar para trás,
posso não ser capaz
de seguir em frente
e, num repente, querer voltar.
Não quero parar na estrada
e de arrependimento chorar
por não ter tentado ficar.
Estou seguindo sem rumo.
Devagar eu me acostumo.
Mas, se o imprevisto surgir
e eu me sentir
demasiadamente só,
suplicarei a Deus
que piedosamente...
devolva-me ao pó.




Autor: Silvia Munhoz

Meu amigo Friedrich


Eu sou homem e nada do que é humano me é estranho."
Terêncio
Águas cristalinas que eu compartilho da obra; Humano, Demasiadamente Humano de Nietzsche


CASAMENTO EM BOAS CONDICOES

Um casamento em que cada um quer por meio do outro atingir objectivo pessoal é bem solido, por exemplo, quando a mulher quer ter por meio do seu marido reputação; o marido, o amor graças a sua mulher.

AMAR E POSSUIR

Na maioria das vezes a mulher ama um homem de valor, de modo que querem te-lo só para si. Elas o deixariam de bom grado em cárcere privado, se sua vaidade não a dissuadisse: esta quer que apareça a outras também um homem de valor.

MASCARAS Onde quer que se procure por elas, há mulheres que não tem interior e não são senão mascaras. Deve-se lamentar o homem que se abandona por esses seres quase fantasmas, necessariamente pouco satisfatórios, mas que são precisamente capazes de despertar mais intensamente o desejo do homem: ele procura sua alma e não cessa de procura-la.

UMA ESPÉCIE DE CIUME As mães tem facilmente ciumes dos amigos de seus filhos, quando eles tem uma influencia marcante. Habitualmente, o que uma mãe ama em seu filho é mais ela própria que seu filho.

BONDADE MATERNAL Certas mães tem necessidade de filhos felizes e honrados, outras de filhos infelizes: de outro modo, sua bondade de mãe não poderia se manifestar.

sábado, 13 de junho de 2009

MINHAS FRASES



"Na vida precisamos sempre tomar atitudes e isso é irremediável, até para se dar um fim a ela requer muita atitude. Nada permanece estático, o mundo é movimento, a grande escolha passa a ser; mover-se pelo mundo ou mover o mundo."



"Pior que mentir, é desacreditar na verdade de alguém!"




"Minha atitude não depende da sua, meu compromisso é com minha consciência, essa é minha prioridade.”



"Yo soy mi termos."

"Podemos nos perder diversas vezes, mas basta uma única vez para se encontrar de vez."



"A dor é o toque mais paternal de Deus"




"Machucar alguém sabendo que essa pessoa não possui o antídoto do nosso veneno é uma perversidade descabida. Própria dos covardes."



"Fincamos nossos passos firmemente ao chão quando; atravessamos um chão dolorido, e cada passo desses é um avanço nessa grande jornada que representa toda a evolução em nossas vidas. E esses mesmos passos dados em chão de alegria não representam progresso."





AMERICAN DREAM- UM CONTO



Os Caminhos de Feijão

Feijão finalmente aterrisa em solo americano. A tão sonhada aventura se inicia de fato, sua primeira impressão da realidade se destoa um pouco da sua ideia fomentada e alimentada por Hollywood, jornais e noticias dos amigos. Afinal sabia que nem tudo eh que parece, mas estava muito próximo disso.
O aeroporto era magnifico, em sua mente: "Imagine uma convenção da Herba Life aqui, que show deve ser". Sim a sementinha da Herba Life estava plantada, ele já tinha todas as ferramentas, os manuais e guias em si, bastava agora só germinar, eh apenas uma questão de tempo, seu grande sonho se tornar presidente da Herba Life. Pensava: "Ninguém me segura agora, já sei tudo que preciso, estou no lugar certo, e apenas ir step by step, muitas pessoas já passaram por tudo isso para ser presidente, agora sou eu."
E todos diziam para ele na Herba Life: "Eita menino de futuro, esse vai longe, go president!".
Feijão sempre consumia os produtos, tomava todos os shakes, era um exemplo para todos, energy bar nem se fala era uma caixa por semana. As fibras eram consumidas regularmente, apenas causava um certo desconforto, alguns gazes e soluços, apesar do cheiro sua mainha vibrava: " Esta desintoxicando meu filhote". As vezes incomodava os vizinhos, mas nem pensar de alguém mencionar algo para sua mãe, ele era o grande mimo dela.
Feijão era filho único, e seu pai falecido. O amor de sua mãe era todo dedicado a ele, apesar de não ter crescido muito era o "Homem" da casa. E no fundo sua mãe sempre o via como seu eterno filhote, talvez por ser ainda mais baixo que ela. E Agora nos EUA quanta saudade, saudade de Natal, de mainha. Mas todos os dias se falavam. Feijão lhe dizia sobre seu sucesso no trabalho, fazendo delivery, subindo em postes no cable, ganhando assim seus primeiros dolares. Estar em solos americans era o velho sonho, se moldando.
Assim a continuar.....................

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I´m someone who believe and accept that, life is change and changes comes from inside out. Who ignored it is still in dreams away from reality. Waiting for frustration to blame the world.