domingo, 14 de junho de 2009

Mudar para sempre

"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre"-Charles Chaplin
Renascer em si mesmo". Tudo direcciona mudança. Tudo indica a trocar a camisa, se despir do velho e vestir o novo. E quem fica estático é impelido e impulsionado por essa mola propulsora da vida, a torrente evolutiva da vida é a mudança, e ela usa o nome de dor, de alegria, das paixões e do conflito dos opostos. Mas a pergunta; ate que parte de nossa vida devemos mudar? A vida é uma continua mudança? Tudo flui a todo tempo? Sempre fica para trás um eu que não existe mais? Parece um constante reintrodução, reconstrução; Prazer em conhecer esse novo nos, parece sempre ser essa meta, esse o conselho, esse o caminho, essa a boa nova. Uma nova etapa se inicia, um novo eu, a morte do velho o renascimento do novo. Mas por que o novo eu? Ate quando teremos que nos vestir e vestir e mais vestir do novo? Parece que ficamos sempre a margem de "a coisa em si" Kantiana, parece que isso sim passa a ser a medida da duvida. Não existe um Eu eterno? Que esta estático não transmuta? Não progride? Não completa? Será que o sentido da vida eh fluir?
Cada dia que passa envelhecemos, células morrem, o tecido degenera, uma ruga nova ali outra acolá, cada dia que passa estamos um dia mais velho e mais um dia de nossa vida desvanece, sem piedade. E mais uma primavera um aniversario que passou. Eh claro que o tempo não é negociável, eh o nosso barco seguindo o rio abaixo, fluindo num curso sem volta, pois é continuo e linear. Mas será assim a vida? Talvez ai esteja todas as respostas, de constante mudanças e fluidez. O filosofo grego Heráclito disse; "Nós não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mesmos já somos outros". Mas será que nada é permanente, excepto a mudança como disse Heráclito, por que devemos ou somos impelidos em sempre mudar?
Deus nos presenteia com um novo dia, a cada 24 horas, um novo ano a cada 366 dias, uma nova estacao a cada 3 meses, novos amigos, novos amores, novas frustracoes, novas alegrias. Já não encontramos as mesmas alegrias com as mesmas coisas, mudam-se os gostos, mudam-se os hábitos. Do mal que nos fizeram as magoas na lembrança, do bem as saudades. Dos nossos actos nossos legados.Mas será que somos tão efémero? Escutamos pessoas dizerem que não gostava de certa pessoa, que aprendeu a gostar com o tempo, mal sabe ela que não é a mesma pessoa. conheceu uma outra sendo a mesma, que incrível afinidade se criou, que mudança mais mitigada em duas mãos. Pessoas que tão ardentemente abraçou causas no passado, que hoje ironizam da própria escolha. Amores compatíveis puerilmente se tornam incompatíveis, com o piscar dos olhos. Aquelas "ironias do destino".
Essa é o eterna lei do novo e velho, do começo do fim, do recomeço do novo fim, numa infinita possibilidade de escrever, apagar, escrever, mais reescrever nossa historia e nossos caminhos.
Enfim um novo hobby, novo trabalho, um novo desafio, um novo amor, uma nova vida. Entra ano e sai ano, e nada é estático. Uma continua transmutação, uma continua renovação. Essa é a lei, essa afinal é a teoria da evolução de Darwin, e percebendo ou não esse é o rio da vida. A constante mudança, num caminho linear para a tese, antítese e a síntese desse novo eu diante do mundo. A mudança é o progresso, é a evolução. Cabe a nos por cada oportunidade dada sermos o melhor de nos mesmos! Encontramos as respostas? Concluo com a definição de Bergson: "Cada momento não é apenas algo novo, mas algo imprevisível; a mudança é muito mais radical que supomos." E como tempo é acumulo, o futuro nunca pode ser igual ao passado, pois surge um novo acumulo a cada passo. Para um ser consciente, existir é mudar, mudar é amadurecer, amadurecer é continuar criando a si mesmo eternamente."-

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