Tenho em Michel de Montaigne um grande amigo, mesmo póstumo. Poucos amigos vivos foram tão presentes como ele.
Minha afinidade de pensamentos, a admiração pela sinceridade, pelo humanismo. Me faz pensar não outra coisa, senão como um grande amigo. Sua honestidade em falar do mais trivial ao mais profundo tema, o fez humano. Longe de um pedestal. Um mestre sem a pretenção da maestria.
Mas falou verdades que ressoaram nas almas de milhares, verdade que ele mesmo deixou claro, estão ai ao alcance de todos.
Penso como Oscar Wilde, que disse: "Escolho meus amigos, pela cara lavada e pela alma exposta."
Desde Shakespeare a Stendhal tinham os Ensaios como livro de consultas. Beranger disse: Quantas ideias me roubou esse homem!"
Pascal disse dele: "não eh em Montaigne mas em mim mesmo que se acha o que nele vejo."
O filosofo americano Waldo Emerson encontrou nele um mestre de vida e os Ensaios pareciam ser escrito por ele mesmo em uma existência anterior.
Eu tenho os Ensaios como um marco em minha vida, um divisor de pensamentos, com muita luz.
Impressionante como palavras de um pensador que viveu no séc XVI são tão presentes, e ressoam numa linguagem tão familiar ao nossos dias.
Acima de tudo eu tenho Montaigne não como um mestre, mas um grande amigo.
"Filosofar eh aprender a morrer, quem aprendeu a morrer, desaprendeu a servir. "
"Aos aplausos da multidão prefiro os da minha consciência."- Michel De Montaigne(1533-1592)
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